Percorro campos de um verde absoluto.
Avisto outros: amarelos, roxos, vermelhos
Casas caiadas e brancos infinitos.
Entre o sol e as nuvens o restolhar
De pássaros alvoraçados (talvez
Incomodados) com a minha presença.
Cegonhas, Grous, pombos, bandos de
gaivotas (que o alentejo também é mar)
e águias, corujas, andorinhas
Em volteios ao redor da luz
Semeando nos céus gafittis, ninhos,
Àrvores, chaminés e vinhas...
Somos todos vizinhos.
Percorro os rostos, as mãos e os olhos
De quem trabalha, de quem trabalhou
E as histórias de vidas encontradas
Em portadas, em corrimão de pedras
A separar aloendros, em janelas e
Assentos de umbreiras em descanso
Em casas baixas de telhados vivos
vermelhos, encarnados fulgurantes
Como papoilas, colza ou cheiros
Onde tudo existe em cores que mudam
E onde me sinto verdadeiro.
Estou no alentejo!
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