Sinto o cheiro das ondas. (sim, cheiram a altas montanhas,
A barcos afundados, a terríveis dores) e solto o berro da gaivota
- Breee!!! Breee!!! Bree!!! Bree!!! Bree!!! Bree!!! Bree!!!
O vento afia as garras na espumas dos novelos de água
Que chegam á costa, sem surfistas - lá dentro!
As nuvens vêm ver o que é e ficam baloiçando entre uma valsa
(frágil, ligeira, uma quase ampola de fragância e divergência)
E as pedras. São conchas, areias e medo. São aranhas do mar.
O hotel tem cinco estrela. É caro. O serviço esmerado.
O areal foi substituido por cortinas de velcro, que fazem passadeira
Entre o luxo comprado e o inferno da natureza zangada.
O borbulhante aquário da vida é uma falsidade encenada.
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