Pequenas opiniões sobre quase tudo que servirão para quase nada
Sábado, 12 de Setembro de 2020
Cume de serra habitada.

No alto o arvoredo

O castelo, 

O palácio, 

As fragas e o recorte a contraluz

Do sol que se deita a nossa frente

Lá onde a serra se deixa escorregar 

Descendo para a enseada que oculta. 

Começa a haver uma brisa

Ligeira com o anoitecer

Um afago de ternura e amor

Carícias e perfumes que se espalham

Com o leve cheiro a maresia 

Porque o mar está próximo 

(ali mesmo ao fundo, do outro lado) 

E os lobos uivam saudando gaivotas

Que fogem desarvoradas

De regresso ao areal. 

 

Aqui é o reino dos carvalhos, dos azinhos, 

Das árvores de que não sei o nome

Mas se beijam em copas e se abraçam. 

Vistas ao longe são um matagal, 

Uma floresta e um tapete de verde escuro 

A enfeitar a serra, a tapar todo o chão. 

 

Uma luz, serpenteia pelo emaranhado da serra

Os homens gostam de se fazer acompanhar por luzes

Quando a noite os disfarça, confunde e esconde.

Não é viatura, que ali não há estrada e as casas

Ficaram mais abaixo, muito lá em baixo. 

Aqui só a lua poisa, quando visita os cumes

Que erupção antiga atirou para cima

E onde, nasceram florestas e vida selvagem,

Livre, Indómita e silenciosa. 

 

A Serra fechar-se depois do contraluz do dia

E abre-se na emergência da manhã,

Sempre com o encantamento

De duendes, fadas e gnomos

Que a habitam.

 

De longe, eu fico a ver!

 

 



carlos arinto maremoto às 16:39
link do post | favorito

Comentar:
De
  (moderado)
Nome

Url

Email

Guardar Dados?

Este Blog tem comentários moderados

(moderado)
Ainda não tem um Blog no SAPO? Crie já um. É grátis.

Comentário

Máximo de 4300 caracteres



Copiar caracteres

 



O dono deste Blog optou por gravar os IPs de quem comenta os seus posts.

MAREMOTO
pesquisar
 
Junho 2021
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5

6
7
8
9
11
12

13
14
15
16
17
18
19

21
22
23
24
25
26

27
28
29
30


textos recentes

o beija madrugadas

O alicate do tempo

Manhãs de silêncio

Adorável Maio

A nossa terra

Mural II

Mural

o eterno esquecimento

A véspera

Um livro, uma história, u...

arquivos

Junho 2021

Março 2021

Fevereiro 2021

Dezembro 2020

Novembro 2020

Outubro 2020

Setembro 2020

Agosto 2020

Julho 2020

Junho 2020

Maio 2020

Abril 2020

Março 2020

Fevereiro 2020

Janeiro 2020

Dezembro 2019

Novembro 2019

Outubro 2019

Fevereiro 2019

Janeiro 2019

Novembro 2018

Outubro 2018

Setembro 2018

Agosto 2018

Julho 2018

Junho 2018

Maio 2018

Abril 2018

Março 2018

Fevereiro 2018

Janeiro 2018

Dezembro 2017

Novembro 2017

Outubro 2017

Setembro 2017

Agosto 2017

Julho 2017

Junho 2017

Janeiro 2017

Dezembro 2016

Junho 2016

Janeiro 2014

Março 2013

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Dezembro 2007

Novembro 2007

Outubro 2007

Setembro 2007

Agosto 2007

Julho 2007

Junho 2007

Maio 2007

Abril 2007

Março 2007

Fevereiro 2007

Janeiro 2007

Dezembro 2006

Novembro 2006

Outubro 2006

Setembro 2006

Agosto 2006

Julho 2006

Junho 2006

Maio 2006

Abril 2006

Março 2006

Fevereiro 2006

Janeiro 2006

Dezembro 2005

tags

todas as tags

favoritos

Despertar

Morrer algum dia

links
a partir de:
28.03.2010