Diz a noticia: "Mais de 200 militantes de extrema-direita, oriundos de todo o país, são esperados terça-feira, no Largo do Rato, em Lisboa, para a manifestação onde o Partido Nacional Renovador pretende "defender o trabalho nacional"
Ena tantos...mais de duzentos? Claro que os trabalhadores vão aproveitar o dia para dormir até mais tarde, já que o tempo não está bom para ir para a praia.
Grande manifestação. Duzentos?
O meu serviço noticioso particular trouxe-me hoje a seguinte noticia:
Se Carmona Rodrigues vai ser constituido arguido no caso Bragaparques.
Se Carmona Rodrigues vai continuar como Presidente da Camara de Lisboa.
Então... ao ser ouvido pelo juiz de Instrução, o arguido terá de ser mandado em prisão preventiva, pois... existe o perigo da pratica continuada do crime, de que é constituido arguido.
Certo? Certo!
Seis portugueses fizeram um passeio, em Timor, ao alto de uma montanha. O carro em que seguiam teve um acidente, numa ravina e foram parar ao hospital.
Esses portugueses são professores.
Todos os jornais e televisões têm dado esta noticia como se um acontecimento inédito tivesse tido lugar. Curioso o facto de serem professores? Curioso o facto de terem tido um acidente de viação? Curioso o facto de ter sido em Timor? Curioso o facto de nos seus tempos livres, terem decidido dar um passeio?
Estranho, não consigo ver onde está a importancia desta noticia?
E depois dizem que o *Correio da Manhã* só relata desgraças!
Que bom. Agora temos um grupo de comunicação social do Partido Socialista: a Média Capital! Não oferece perigo nenhum para a democracia. Contrariamente ao que se diz por aí. Pena é que o PSD não consiga ter uma estrutura semelhante. (Não o grupo de Pinto Balsemão não é um grupo de comunicação filiado e ás ordens do PSD, lamentávelmente e para bem dos nossos pecados)
A tradição volta a ser o que já foi. "A luta", o "Portugal Hoje" o grupo Emaudio e agora a TVI, com a ajuda espanhola e do PSOE. Não tem problema nenhum. Se eu não gostar do conteúdo editorial do dito canal, só tenho que mudar para outro. Mas pior do que hoje existe???... parece-me dificil, e portanto, acho que só tenho a ganhar.
Venham de lá esses ossos, senhor Pina Moura.
"Combateremos a sombra", de Lidia Jorge, é mau de mais para ser verdade.
A acção - se é que acção podemos chamar ás deambulações psicanaliticas de um clinico, que dá aulas, não se sabe aonde (mas neste País todos dão aulas, não é?) com uma paciente chamada Maria London - um nome muito comum em Portugal, não é? - localiza-se entre o Jardim de Santos e a Assembleia da Republica. São Bento.
Quando a personagem, Maria London, arrenda um apartamento na zona vê uma placa que diz "Vende-se Loft". (página 158) Exactamente! Aliás a zona tem muitas placas desta, da ERA, da REMAX, da Century XXI, não será?
A senhora escritora deve viver num outro mundo, mas não em Lisboa, não em Portugal. Ou então deve pertencer a uma classe social com códigos alterados, que vive em *lofts* mas não tem nada a ver com os portugueses e portanto deveria ir fazer literatura para Inglaterra.
Na página 88 diz: *estava a vê-la de costas, a vestir o mohair em silêncio*.
O mohair?
Ó filha, senhora personagem, você vista o mohair que quiser, mas o que será isso?
Quantos portugueses andam de mohair?
Não é pretenciosismo a mais?
Depois a dita acção é confusa, sem intensidade e perde-se em descrições absurdas, - a ida a Cascais do personagem Maria London, com o pai, sem dizer uma palavra em todo o percurso, onde este lhe oferece.... tamtamtam!.... um restaurante! ( emocionante, não é?) que ela rejeita partindo uma garrafa de vinho na chão - sendo o mais próximo de um enredo policial o facto de um barco de cruzeiro atracado na Rocha de Alcantara, não constar dos mapas de chegadas e partidas, ao Porto de Lisboa, no jornal *Público* e num outro jornal, de que já não se menciona o nome.
Que problema, não é? E logo o *Público* não trazer esta informação. É mesmo caso de policia?!!!
É por isto que a literatura portuguesa não tem leitores, nem deve ser escrita para ter leitores, é apenas para os amigos.
Vou tomar uma aspirina para ver e o loft me vai para baixo.
Confesso que, por vezes, tenho o preconceito de comprar livros de autores portugueses. Mas tento combater esse preconceito "esforçando-me" por - entre um autor estrangeiro, e um português - de vez em quando optar por comprar um autor naional.
Muitas veze não me arrependo, sendo uma verdadeira surpresa e fascinio a leitura ( caso de José Rodrigues dos Santos, Francisco Moita Flores, Miguel Sousa Tavares....) outras porém arrependo-me e fico com esse preconceito ainda mais agarrado.
Vem isto a propósito do livro de Lidia Jorge "Combateremos a Sombra."
Apenas o comecei a ler, mas estou praticamente a desistir.
As razões são multiplas:
1- O tema é chato ( as peripécias de um psicanalista )
2- A forma como está escrito.
Vou na página 158 e ainda não percebi nada do que se está a passar. Se é que alguma coisa se passa? O psicanalista dá consultas, umas pagas outras gratuitas. O psicanalista é corrido de casa, pela mulher, porque chegou atrasado a uma reunião social. O psicanalista encontra uma muida nas escadas do seu conultório sempre que sai ou entra. O psicanalista escuta as fantasias dos seus pacientes, cada uma mai disparatada do que a outra ( mas deve ser para isso que servem os psicanalistas, não é?)
A escrita é feita om "palavras dificeis" e outras incompreensiveis. Dou um exemplo, a autora refere multiplas vezes, ao tentar descrever uma casa - tentar, porque não a descreve, apenas fala dela, não criando imagem nenhuma que possa construir no leitor uma ideia da casa - a palavra loft.
Atravessou o loft, estava no loft, a casa tinha um loft pequeno.
Que raio será isso do loft?
Já perguntei aos meus amigos se a casa deles tem um loft - a minha não tem de certeza - mas todos ignoram a que é que eu me quero referir. E u também não sei.
Um loft?
As casas em Portugal têm um loft?
Nunca ouvi, não faz parte dos nossos hábitos e costumes, nem é uma coisa que se diga em linguagem de gente normal. Um loft?
É um livro chato, de leitura impossivel e sem história, enredo ou entusiasmo. Tem 482 páginas é editado pela D. Quixote e deve servir para espantar os candidatos a leitores da literatura portuguesa. Até pode ficar bem numa conversa: - andoa ler a Lidia Jorge! Mas é intragável.
Alguém me explica o que é um loft? Para que serve? Onde está? quem utiliza esta expressão?
Lidia Jorge, nunca mais.
Deve haver uma grande falta de noticias. Quando o *grande impato noticioso* é a noticia de "o túnel do Marquês está encerrado, esta noite, para obras de pormenor e manutençaõ nos bastidores" isso quer dizer o quê? Nada! Qual é o signidicado desta noticia? Nenhum! Porque é que os jornalistas se limitam a repetir comunicados (o texto é igual nas rádios, nas televisões e na escrita) como se a vida das pessoas - em Portalegre, na Madeira, em Faro ou emBraga - estivesse suspensa por esse facto?
Copmeça hoje a ovibeja.
Em Santa Comba houve umas manifestações com cartazes que diziam: "Salazar estás vivo"! GRANDES PARVOS, ENTÃO NÃO SABEM QUE O HOMEM JÁ MORREU?
"A Gastronomia Portuguesa está consagrada como Património e vive hoje um momento que é dos mais excitantes de sempre na sua história. (…) Matosinhos foi sempre palco de encontro de culturas e mundos, com algumas iniciativas passadas que indiciavam a oportunidade da realização de um congresso no qual o património gastronómico nacional fosse o assunto central. É essa a génese do Congresso "Matosinhos à Mesa", no qual nos propomos criar um verdadeiro espaço aberto de partilha, discussão e trabalho em diversas vertentes".
Os Comissários: Fernando Melo, Hélio Loureiro e José Silva
Para quaisquer esclarecimentos adicionais, contacte pf:
Lígia Candeias – 91 958 89 53 - ligiacandeias@miltemas.com
António Barroso – 91 958 89 60 - antoniobarroso@miltemas.com
Num País onde a irresponsabilidade é a palavra chave para os lugares públicos - e onde a excepção faz a regra (veja-se o facto de Fontão de Carvalho, que depois das peripécias com a sua situação ter chegado ao ridiculo de afirmar que não tinha comunicado ser indiciado num processo porque ninguém lho tinha perguntado, e que ontem foi constituido arguido, logo num malabarismo de *fazer passar* a situação como se nada fosse, mantendo o cargo que exercia, ao mesmo tempo que outro vereador era afastado da Camara, por motivos idênticos) ficaram todos muito preocupados com a questão da segurança do túnel do Marquês.
É uma preocupação de artes mágicas, como se na véspera da sua abertura á circulação automóvel pudesse ser feita alguma intervenção de fundo que melhore significativamente as condições existentes. Como de costume, as opiniões dividem-se e o ridiculo é uns a dizerem que o tunel possui todas as condições e outros a dizerem que não.
No fundo, procura-se é acautelar a existência de um qualquer acidente e começar a marcar posições para definir os culpados. Se nada houver ganham os que dizem que o tunel é seguro. Se algo houver, por mais pequeno que seja, ganham os que defendem que o mesmo é perigoso. De segurança propriamente dito ninguém está verdadeiramente interessado. É mais uma questão politica e de manutenção e eventual alargamento do quadro profissional em que estes arautos da desgraça alheia se movimentam.
Dizer mal é um desporto nacional e se isso significar mais dinheiro e mais pessoas a cargo das chefias somos os primeiros a exigir o céu.
Quando é preciso actuar, depois, nada se passa com eficácia e profissionalismo e os que detinham a responsabilidade da acção vêm dizer: eu avisei! Nunca chega a haver um culpado, e todos chutam a `*bola* para o parceiro.
Se houver algo que corra mal nos primeiros dias de circulação no túnel do Marquês, existe um vereador da Camara de Lisboa responsável e um Presidente de Camara, igualmente responsável. Não venham dizer que a culpa é dos bombeiros ou dos automobilistas. Esperemos, contudo, que nada disso se verifique. Afinal queremos acreditar que as pessoas que detêm o Poder são responsáveis, conscientes e imputáveis.
Estou tão emocionado. Há três anos que não vou ao Centro Comercial das Amoreiras. Não há pachorra para aquelas filas de carros. Finalmente amanhã vai haver tunel.
Isto de estarmos sempre contra tudo e contra todos é uma parvoice.
Aquele local da cidade merece uma forma de circulação automóvel condigna. Se não há Obra é porque não fazemos nenhum. Se há Obra é porque gastamos muito dinheiro...afinal nada se faz sem custo.
- O CDS vale sete mil votantes.
- Em França 80% da população votou.
- Royal é uma senhora com charme, mas Sarkosy vai ganhar.
- Boris Yeltsin morreu hoje. Todos disseram bem. Mesmo que as pessoas que habitam o espaço Russo tenham ficado mal.
- Hoje não se falou na licenciatura do senhor Sócrates.
- Eusébio da Silva Ferreira reagiu bem á operação. A mulher e filha foram visitá-lo.
- Cristiano ronaldo foi eleito o melhor jogador de Inglaterra.
- Pelé diz que Cristiano Ronaldo não é o *melhor* jogador do Mundo da actualidade.
- Houve um senhor que se demitiu de director do Hospital da Universidade de Coimbra. O Governo nomeou outro.
- Marques Mendes andou a olhar para o Poceirão.
De vez em quando vem uma enxurrada de coisa nenhuma:
- O CDS-PP vai ser *um grande Partido* com Paulo portas á frente?
- As mulheres são a solução para o mundo, dominado pelos homens?
- Os nacionalistas são um Partido politico verdadeiro?
- Ter uma vida "new age" é sinal de cultura?
- Saber que em Abril houve uma coisa qualquer, há muitos anos, que ainda hoje não percebemos e nos faz ter saudades do passado?
- Acreditar que *as coisas vão melhorar*?
Dizem-me que o Diário de Noticias está um outro Correio da manhã. Será? Dos exemplares que li, e foram alguns, não me convence, nem como Correio da Manhã, nem como Diaário de Noticias.
Mas há este blog.
Hoje vai tudo ficar na mesma no CDS-PP. Vença Ribeiro e Castro ou o senhor Portas aquele Partido vai continuar a ser o CDS-PP. E a sua votação eleitoral também. Afinal para que é tanto barulho? faz parte, não é?
Já em França... a coisa é diferente. Bem, mas isso é só amanhã.
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