Ora sendo o último dia do mês, que só existe de quatro em quatro anos, seria de registar algo que pudesse ser diferente e que marcasse o dia, o mês e o periodo.
Mas, que tenha notado nada aconteceu.
No campo particular fiquei de cama, com uma luxação no pé.
Não me saiu o euromilhões.
O dia de amanhã só existe de vez em quando. Vamos ver o que é que ele acrescenta ao normal ano em que não existe.
Que histórias tem este dia para contar?
Paula Rego teve, já este ano, dois quadros vendidos em duas leiloeiras inglesas: A Christie´s e a Sotheby´s.
Na primeira foi leiloado o quadro "A Lição" por 596,881 euros. Na segunda o quadro "Uivando" por 740.599 euros.
Estes valores, que impressionam, fazem parte de uma estratégia de valorização da arte, da artista e do mercado especulativo. O dinheiro transacionado vai para a artista? Para a galeria? Para a Leiloeira? Para o detentor do quadro, que vende Património?
Para todos irá um pouco, mas o que me admira é que numa altura em que em Portugal se afirma que o preço do pão vai aumentar 50% se discuta e se valorize a quotação de uma artista portuguesa, como se isso contituisse a nossa razão de viver.
Ela fará o favor de ser nossa amiga. Nós estamos-lhe gratos pelo facto de falar português, mas tal como a Maria João Pires - alguém sabe por onde anda? - que fazemos para valorizar a nossa cultura.
Será que o ministro das produções ficticias já iniciou funçoes?
Esta noite o contador deste PAPIRO passou os cem mil visitantes.
Não sei se é muito ou pouco. São cem mil e não se fala mais nisso.
A cantora sensação do momento, com presença garantida no rock in Rio - que como se sabe não é no Rio, mas em Lisboa - e isto se não morrer até lá... é a senhora tatuada Vinho lá de casa, ou casa do vinho, ou qualquer coisa assim parecido.
Vou ao you tube espreitar para ver se fico fãn. Quem me quiser convencer a aderir a este tipo de cantadeira drogada, com muitas desintoxicações pelo meio, faça o favor de se esforçar por me convencer, mas não me parece que seja um icone, nem uma musica + letra+ assunto para ficar para a eternidade.
Nem o penteado.
«Sente-se hoje na sociedade portuguesa um mal-estar difuso, que alastra e mina a confiança essencial à coesão nacional...
documento da SEDES que entre outras coisas diz que a comparação entre os
problemas relacionados com bolas de Berlim, colheres de pau, ou similares e os decorrentes da criminalidade violenta ou da circulação rodoviária é ( disforme) com o zelo que o Estado visivelmente lhes dedicou. [...] O mal-estar e a degradação da confiança, a espiral descendente em que o regime parece ter mergulhado, têm como consequência inevitável o seu bloqueamento. E se essa espiral descendente continuar, emergirá, mais cedo ou mais tarde, uma crise social de contornos difíceis de prever.
Pois bem, o mal estar é difuso, e os contornos da crise social são dificeis de prever
Não se percebe porque é que a comunicação social deu tanto destaque a este conjunto de disparates, que no fundo dizem coisa nenhuma.
Claro que eu devo ser muito estúpido para não perceber a diferença entre Fidel de Castro e Raul de Castro. Mas continuo a achar que está tudo na mesma.
Aquela de os jornalistas e comentadores pensarem que com Raul pode haver uma abertura politica faz-me lembrar de Marcelo Caetano, não sei porquê! Esquisito! Uma coisa não tem nada a ver com a outra!
Se hoje existisse aquele humor simples e brejeiro que o Raúl Sonado popularizou com a "Ida à guerra" (creio que era assim que se chamava) de outros tempos, dir-se-ia - a propósito da manifestação dos professores, no Porto - que os senhores agentes da autoridade (não se sabe bem o que isto significa, mas...) eram pides fardados, com ar de imbecis a cumprir ordens de outros mais imbecis e responsáveis, que - mais ou menos por esta altura - discursavam em Lisboa, numa coisa qualquer que falava de "fronteiras".
O episódio conta-se em duas penadas.
1- Os professores reunem-se na rua para protestarem contra medidas da sua profissão, três deles falam para as televisões, dizendo porque é que estão ali.
2- Agentes da PSP fardados chegam e identificam os que falaram para as televisões, alegando que não sabiam como poderiam fazer diferentes, uma vez que a reunião/manifestação não estava autorizada e aqueles eram os visiveis.
Pergunta-se: isto das manifestações autorizadas é bonito, mas ...onde fica o direito à indignação?
Ser policia é dificil. Então tem de se regressar ao quartel com nomes e moradas dos meliantes, não é? Quais são os meliantes? Como distinguir os meliantes dos outros? A opção "os que falam para os jornalistas" é um critério?
Em Lisboa, naquela coisa das fronteiras - não tem nada a ver com o Kosovo - ficou provado que o maior mentiroso é aquele que chama mentiroso aos outros, como diriam os muidos lá do Liceu. Então o senhor professor fez os projectos das casa rurais - feias, horrorosas e estúpidas em termos de arquitectura - ou são "apenas" da sua responsabilidade? Olhe que quer num caso, quer noutro são uma boa bosta paisagistica e de qualidade duvidosa.
Mas, também tudo tinha coneçado com aquele prédio enorme no meio da Covilhã, não é???!!!por isso ... mais mamarracho, menos identificação dos professores, mais fronteira, menos emprego, vai tudo dar no mesmo, é preciso é cuidar da imagem.
Dizem que o ministro do ambiente andou a "sacudir a àgua do capote" quando disse que os culpados das cheias eram as autarquias, por não terem mandado limpar os leitos de drenagem, ou por terem autorizado a construção de casas, em locais de passagem de ribeiros ou escoadouros de água, em dias de muita chuva.
Estas vieram dizer que a limpeza dos leitos dos rios são da exclusiva responsabilidade do Poder Central.
Criou-se assim uma mini guerra de acusações sem quaisquer resultados práticos. Três pessoas morreram , duas delas na ribeira do Jamor, na zona de Belas, aqui junto à cidade de Lisboa. Basta passar por lá para ver o estado de degradação do leito desta ribeira e dos muros - quando existem - na sua margem.
Este sábado, voltou a chuver e a ficar tudo inumdado. Muitos acidentes de automoveis, como é da praxe. Muita infilçtração nas casas, cuja construção de fraca qualidade é notória, um pouco por toda a parte.
Não há capote que resista a tanta água.
Já agora, uma chamada de atenção para a nova "comunicação social" aquela que é feita pelos cidadãos, com telemóveis, com máquinas de fotografar e de filmar, na net. A informação certinha - editada, dizem eles - não tem o sangue, o pulsar e a garra desta informação espontãnea e selvagem.
Porque é que os credoresda Camara Municipal de Lisboa não podem mandar penhorar, electronicamente, o vencimento do Presidente e dos vereadores?
E porque é que não podem penhorar o Património da autarquia?
E porque é que não podem passar, electronicamente, à fase executiva?
Marcelo Rebeleo de Sousa e as outras vedetas todas a ajudar a Camara, que bonito...tudo à borla, ou será que é para aumentar o valor da dívida?
Em Fevereiro de
O Tribunal de Contas recusou o empréstimo pedido pela Camara Municipal de Lisboa " para pagar dívidas".
É como se fossemos, qualquer um de nós... durante anos gasta-se à tripa forra, sem olhar a despesas, depois, com a corda na garganta vai-se ao Banco pedir um empréstimo para pagar as dívidas.
E claro o TC pergunta: "então e como é que vão pagar?"
Patética a declaração de António Costa a dizer para os fornecedores "meus senhores tenham calma, eu pago, não sei como, mas eu pago" como qualquer gerente de empresa falida que por este país existe.
E é por isto que este País está nas lounas, enquanto a Banca - que não é routa - teve lucros na caso dos muitos milhões de euros.
Em contrapartida a Somague foi multada por financiar o PSD.
"""Vem, mais uma vez, a talhe de foice referir aos meus leitores que não há candidaturas a primeiro-ministro, pela singela razão de que, de acordo com a constituição da república e de facto, não há eleições para primeiro-ministro. Em Portugal, o governo não é eleito. Assim, se o Sócrates – ou qualquer outro imbecil – se candidatasse a primeiro-ministro, candidatava-se a "porra nenhuma". A maioria dos portugueses não sabe isto e está convencida do contrário. Portanto, a maioria dos portugueses não sabe votar. """
(da cronica de hoje do Dr. Rogério Barroso)
Ao passar por Grandola, descobnri uma polémica entre o PCP local e a Camara Ps. Esta tinha decidido desalojar o PCP da sede que tinha arrendada ao municipio, por cerca de dez euros mensais, num palacete que já havia sido sede da autarquia e cadeia (não sei se por esta ordem, ou pela inversa). A vila encontrava-se cheia de cartazes acusando o autarca reinante de falta de dignidade, mas lendo comunicados e noticias de jornal local, não se percebia qual era a questão de fundo: se o baixo valor da renda, se as condições de degradação do edificio em local nobre da vila, se a não existência de um outro local - oferecido - ao Partido.
Da parte da autarquia também não se percebia muito bem qual o fundamento para a decisão, embora o argumento de que o espaço arrendado ao PCP faz falta à vila para a "coisa pública" seja tónica argumentativa.
No geral fica-se com a ideia de luta de comadres. De luta partidária. De choque entre galos em capoeira apertada.
Por Lisboa um conjunto de professores andou a vaiar o PM à porta do PS. Entre a central sindical que não é do PCP, mas que ontem teve o seu congresso, e a Fenprof, e os jornalistas que estavam lá todos à espera do PM, e este que ficou irritado com a mediatização do "descontentamento", dpois de ter corrido tão bem a inauguração do tunel do Rossio, da parte da manhã, ficou-se com a ideia de que.... não se percebe a intenção deste tipo de protestos, nem dos jornalistas que os amplificam. Nem das razões dos protestos, nem das declarações do PM, ... ele sabe quem são, ao que vêm, porque estão ali, o que querem..de que partido são, o que os motiva, etc. etc. Então e depois!!!?
Antigamente contavam-se história de "faz-de-conta" para os miudos adormecerem melhor. Foi, talvez, assim que nasceram os livros infantis, em que a realidade é suavizada e os maus levam sempre castigo. Contos leves, bonitos, moralizantes e de ensinamentos.
Hoje, já não há livros infantis. Mas temos os discursos do senhor Primeiro Ministro e dos membros do Governo. Eles falam de um País, que deve existir algures, em sonhos, lá onde os reis, os principes e as princesas existem... em que o desemprego está a diminuir e os indices de crescimento da economia, sempre a crescerem.
Aproveito, para transcrever este texto da nova ficção juvenil:
- Dona Fernanda, então por aqui? Agora me lembro, ainda não lhe dei os parabéns pelo seu homem. Vi-o no concurso da televisão. Que honra! Muitos parabéns! Fiquei orgulhosa como se fosse meu!
- É verdade, dona Cátia. Estamos muito contentes. Foi muito bom, até para compensar a desgraça da minha irmã. Não sabe? Imagine que o marido dela é administrador de um banco.
- Não me diga! Que vergonha! Mas qual? Daquele criminoso, o BCP?
- Olhe nem sei bem. Mas aquilo é tudo a mesma gente. Coitada da minha irmã, anda muito ralada! Felizmente que o amante está muito bem. Era segurança num bar, mas agora conseguiu ficar dado como deficiente por causa de uma sova que levou e o subsídio é excelente.
- Ainda bem! Que sorte! Olhe, essa sorte não tenho eu. Ando muito preocupada com o meu sobrinho. Não, não é com o homossexual. Não, esse está óptimo. Foi ao estrangeiro casar com o amigo e agora até estão a pensar adoptar uma criança por lá. O que me preocupa é o outro, o Zé. Tem um restaurante, imagine. Um restaurante de luxo.
- Ai, coitado! Em que se havia de meter! E tem tido muitas queixas?
- Pois. Calcule que nem sequer usava sabão líquido nas casas de banho e os exaustores são de baixa extracção. Estou com medo que mais cedo ou mais tarde acabe na cadeia, pobrezinho!
- Compreendo, compreendo. As ralações que temos! E então o que é que a traz por cá? Eu vou agora ali à direcção da escola queixar-me. Veja lá que a minha filha me disse que lá na escola não há máquinas de distribuição de preservativos na casa de banho das raparigas. Só na dos rapazes. Não é uma vergonha?
- Um escândalo. Depois se há problemas a culpa é dos pequenos! Eu também tenho de lá ir mas, infelizmente, é derivado ao comportamento do meu Ronaldinho.
- Não me diga que ainda é por causa da gravidez?
- Não, que ideia. Isso está tudo resolvido. Eles os dois trataram a questão com muito bom senso. Nem pareciam ter 13 anos! O aborto correu muito bem e o meu rapaz até já arranjou outra namorada bastante mais velha. Não, o que me preocupa é aquele grupo com que ele anda.
- Qual? A banda de rock satânico? Oh, minha amiga não se apoquente com isso. Nós lá em casa até dissemos ao nosso rapaz para criar uma. Antes isso que andar pelos ATL da paróquia com aqueles beatos a meter patranhas na cabeças dos miúdos. Na banda é muito mais seguro e saudável. Não só é artístico, como abre horizontes e um dia, quem sabe... Olhe, não me preocuparia nada com isso.
- Não, não é isso. Nós também estamos muito satisfeitos por ele andar com a banda. É um excelente meio de educação. Ao princípio ainda me chocavam um bocado as letras das canções, a falar de suicídio e sangue, mas agora até acho graça. Rapazes são rapazes, não é? Não, é muito pior. Ele também anda metido em coisas mesmo graves com aquele outro grupo clandestino. Já ouviu falar, não? Aquele grupo de fumadores que no outro dia até apareceu no jornal por um deles fumar dentro do metro.
- Que horror! O seu filho fuma? Mas isso faz imenso mal à saúde e polui o ambiente. Então ele não pensa no aquecimento global? Esta juventude está perdida!
- Eu sei, eu sei! Tentámos tudo para o afastar do vício, mas nada. O meu marido até quis ver se o interessava em blogs pornográficos, chats neonazis e outras coisas que fossem também um bocadinho subversivas e clandestinas mas não fizessem tanto mal. Mas nada! Ele não larga o cigarro! A culpa é do meu homem e eu já lhe disse. Imagine que quando o miúdo era pequeno lhe dava pistolas e outros brinquedos de violência. Claro que tinha de ter esta consequência, não era?
- Que horror! Imagino como anda apoquentada. E nos estudos, que tal anda ele? Os meus antigamente era um castigo. Davam muitos erros de ortografia mas isso agora, com este novo programa para o insucesso escolar, deixou de criar problemas porque já não conta. E, mesmo na Matemática, o que interessa é a criatividade dos miúdos. Se os professores explicam mal que culpa têm os pequenos?
- Eu digo o mesmo. Se eles depois acabam todos no desemprego, ao menos gozem a juventude.
Essa de hoje ser dia dos namorados não lembra nem ao diabo.
No Correio da Manhã vem uma noticia de um verdadeiro namorado, essa sim, de um verdadeiro namorado apaixonado. Diz assim:
-"Descoberto cadáver de homem que se suicidou à uma semana, porque a mulher tinha fugido de casa, porque ele, marido, de vez em quando lhe batia". Além do cheiro, os vizinhos encontraram cartas com os motivos do suicidio - forte depressão - e um testamento: o ex-marido e autor confesso de violência doméstica, agora cadáver, deixa à sua ex-mulher cinco milhões de euros.
Isto sim é amor!!!
Lethes, claro, vou ali à Lethes e já venho. Será só no Allgarve? - Ah, não!! Foi em Ponte de Lima! ?
Ana Jorge, Ana Jorge... até quando vai durar esse sorrisinho complacente para os jornalistas.?
Mas, ok Lethes!
Não deixo de me surpreender: O Major Reinado tinha um" pai adoptivo".
Pois, percebo, perfeitamente o conceito, mas o que é que isto quererá dizer?
O Gatos Fedorentos não teriam feito melhor:
- O lider dos revoltosos morre uma hora antes de Ramos Horta ter sido alvejado.
- Acabou-se o reinado do majro Reinado?
(como é que o Major Reinado morre, quem continua a revolta?)
- Os revoltosos procuram o Presidente que estava armado em Sócrates, a fazer jogging.
(Este regressa a casa sem que ninguém da sua segurança o impessa e é o próprio que pede socorro, depois de atingido.)
- Assaltam o carro do PM - o tal Xanana que tendo perdido as eleições governa - mas só atinguem os pneus.
- Entre o primeiro tiroteiro e o segundo, passou uma hora e nada aconteceu.
Ramos Horta era o único "amigo" de Reinado. Porquê este ataque?
- Ana Gomes já disse que isto assim não pode ser.
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