Dois carros, topo de gama, em alta velocidade.
Ambos carros do Estado.
O de traz bate no da frente.
Local: avenida da liberdade, cruzamento com a rua das pretas.
Resultado: feridos graves.
Porque é que ninguém diz que o Código da Estrada é para cumprir?
Porque é que ninguém diz que estes condutores são uns "assassinos"?
Porque é que ninguém diz que esta situação é intolerável numa sociedade evoluida, adulta e consciente.
Os funcionários do estado são tantos que já se atropelam uns aos outros.
A data ainda diz alguma coisa, a alguns portugueses?
- Não creio.
Mas era preciso! Começa a haver necessidade.
"Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio,
fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora,
aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias,
sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice,
pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas;
um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai;
um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom,
e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que
um lampejo misterioso da alma nacional,
reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta.
Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula,
não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha,
sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima,
descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas,
capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira à falsificação,
da violência ao roubo, donde provém que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro.
Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo;
este criado de quarto do moderador; e este, finalmente,
tornado absoluto pela abdicação unânime do País.
A justiça ao arbítrio da Política,
torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas.
Dois partidos sem ideias, sem planos, sem convicções,
incapazes, vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos,
iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero,
e não se malgando e fundindo, apesar disso,
pela razão que alguém deu no parlamento,
de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar."
Guerra Junqueiro, 1896.
Como se sabe, Luis Figo apoiou José Sócrates nas últimas eleições legislativas.
Esse apoio teve como unica expressão um "pequeno almoço" que Luis Figo comeu com o candidato, num hotel de Lisboa e que a comunicação social publicitou.
( a tal comunicação social que faz trabalhos encomendados e a pedido)
Vem agora a público que esse "pequeno almoço" teve um custo de 75.000 euros pagos por uma empresa pública ou da esfera do publico.
Luis Figo diz que nada recebeu.
E assim se compram apoios em Portugal.
E assim se gasta - em Portugal - o dinheiro dos contribuintes.
E assim alguém ficou mais rico.
Armando Vara também consta estar metido nesta camisa.
O senhor Presidente da República teve uma reunião com o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça.
E estiveram a discutir, durante uma hora, "uma série de questões que têm a ver com a justiça", disse o senhor Noronha do Nascimento, que mandou destruir as cassetes com as escutas ao primeiro ministro, no caso "face oculta" também conhecido pelos sucateiros já constituidos arguidos Armando Vara e Penedos.
Pensava que o PR tinha chamado o dito magistrado para discutirem culinária ou futebol.
Mas não, afinal estiveram a discutir" uma série de questões que têm a ver com a justiça".
Ainda bem que temos pessoas deste calibre à frente da Justiça em Portugal.
Era uma perca de tempo e um ónus para o contribuinte se o senhor Noronha tivesse ido a Belém discutir a cor dos cortinados do seu gabinete ou as alterações climáticas do Planeta.
Desde que os americanos se lembraram de começar a chamar aos pretos
'afro-americanos', com vista a acabar com as raças por via gramatical,isto
tem sido um fartote pegado!
As criadas dos anos 70 passaram a 'empregadas domésticas' e preparam-se
agora para receber a menção de 'auxiliares de apoio doméstico' .
De igual modo, extinguiram-se nas escolas os 'contínuos' que passaram todos
a 'auxiliares da acção educativa'.
Os vendedores de medicamentos, com alguma prosápia, tratam-se por'delegados
de informação médica'.
E pelo mesmo processo transmudaram-se os caixeiros-viajantes em 'técnicos de
vendas '.
O aborto eufemizou-se em 'interrupção voluntária da gravidez';
Os gangs étnicos são 'grupos de jovens'
Os operários fizeram-se de repente 'colaboradores';
As fábricas, essas, vistas de dentro são 'unidades produtivas'e vistas da
estranja são 'centros de decisão nacionais'.
O analfabetismo desapareceu da crosta portuguesa, cedendo o passo à '
iliteracia' galopante.
Desapareceram dos comboios as 1.ª e 2.ª classes, para não ferir a
susceptibilidade social das massas hierarquizadas, mas por imperscrutáveis
necessidades de tesouraria continuam a cobrar-se preços distintos nas
classes 'Conforto' e 'Turística'.
Aquietadas pela televisão, já se não vêem por aí aos pinotescrianças
irrequietas e «terroristas»; diz-se modernamente que têm um 'comportamento
disfuncional hiperactivo'
Do mesmo modo, e para felicidade dos 'encarregados de educação' , os
brilhantes programas escolares extinguiram os alunos cábulas; tais
estudantes serão, quando muito, 'crianças de desenvolvimento instável'.
Ainda há cegos, infelizmente. Mas como a palavra fosse considerada
desagradável e até aviltante, quem não vê é considerado 'invisual'. (O termo
é gramaticalmente impróprio, como impróprio seria chamar inauditivos aos
surdos - mas o 'politicamente correcto' marimba-se para as regras
gramaticais...)
As putas passaram a ser 'senhoras de alterne'.
Sucata e sucateiros.
Meus amigos, estou farto desta sucata toda.
O nosso partido cumpre o que promete.
Só os tolos podem crer que
não lutaremos contra a corrupção.
Porque, se há algo certo para nós, é que
a honestidade e a transparência são fundamentais.
para alcançar os nossos ideais
Mostraremos que é uma grande estupidez crer que
as máfias continuarão no governo, como sempre.
Asseguramos sem dúvida que
a justiça social será o alvo da nossa acção.
Apesar disso, há idiotas que imaginam que
se possa governar com as manchas da velha política.
Quando assumirmos o poder, faremos tudo para que
se termine com os marajás e as negociatas.
Não permitiremos de nenhum modo que
as nossas crianças morram de fome.
Cumpriremos os nossos propósitos mesmo que
os recursos económicos do país se esgotem.
Exerceremos o poder até que
Compreendam que
Somos a nova política.
Pode-se ler de cima para beixo ou de baixo para cima.
Qual delas é a leitura do Partido que ganhou as últimas eleições?
O que eu acho estranhos é que se pense que os concursos públicos não eram, não são, ou nunca foram....manipulados.
Querem um exemplo que ainda não anda nos jornais?- Os concursos para a lavagem de roupa hospitalar. Investiguem e depois digam-me que não há dinheiro por fora, pago em restaurantes e funcionários a receber para alterar o peso ( porque o pagamento é ao quilo)
Parece que faz hoje vinte anos que caiu o muro de Berlim.
Parece que o PCP emitiu um comunicado a dizer que o mundo - sem o muro - está pior. E está pior para eles, certamente.
Parece que os U2 deram um concerto, onde havia um muro a não deixar entrar os que não tinham bilhete.
Parece que foi ontem que Berlim celebrou a queda da vergonha e afinal já foi à vinte anos.
Certezas só esta: Paulo Bento demitiu-se do Sporting.
O primeiro ministro apresentou um programa de governo que irá ser discutido na Assembleia da Republica, quinta e sexta-feira próximas.
A oposição diz que o programa de governo é igual ao programa que o PS apresentou para as eleições.
Então não havia de ser?
Então a oposição acha que se deve concorrer com um programa e depois governar com outro?
Somos todos parvos, ou quê?
Mais.
Continua-se a dizer que a culpa do que suceder é de quem o praticar.
Isto é: quem derrubar o governo, vai arcar com as consequências.
Pois! Qual é a novidade?
Mais.
José Sócrates vai querer governar como se tivesse ganho com a maioria.
É disparate dizer isso.
O homem pode ser tudo, até engenheiro, mas não é parvo.
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