Chegou o mês dos anos e das saudades
Setembro.
Porque foi em Setembro que nasci
E de todas as formas me encontrei
E em mil maneiras morri sem o saber
Em todos os dias no tempo que passa
Banal. A minha vida banal
Mas queria o quê?
Ser heroi, deus eterno como o sol
Louco como a chuva, o frio ou a terra
Que sempre arranjam maneira
De serem mais fortes do que eu?
Queria ser esteiro
Onde meus filhos crescessem
Queria ser primeiro
Onde a luz se tornasse farol
Queria ser
Sentimento e memória
Queria ser
O mar eriçado, violento e cruel
Queria ser
Amor verdadeiro, vento, sal
Diferente...
Mas nada fui
E em tudo me consumi.
(sem gloria nem prazer
Apenas porque é dos actos
gastar-se a vida em aparatos
e coisas mesquinhas)
Setembro.
Uma vez mais em setembro.
Ainda.
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