Vejo caminhos, nas pontes que procuro
E vou neles até ti
Sei que somos estranhos e opostos em tudo
Mas acredito que podemos conversar.
Vejo caminhos em zigzag ou em rectas sem fim
Uns alcandonados em escarpas
Outros arrojando-se em vales profundos
Todos como serpentes, combinando-se
Para me dificultarem a caminhada.
Aqui um desabamento, um colapso atrasa-me
Ali um vento medonho empurra-me para trás.
As pontes têm duas margens: uma começa
Do lado de cá. A outra começa: Do lado de lá.
O que seria do meu caminho sem pontes?
Tudo começa no dia em que nascemos
E depois continua, continua, continua...
Até que somos nós,
E nos transformamos e modificamos
como uma flor
Que continua a ser, como nós, quando já não
a vemos, nem escutamos, mas sentimos
No entrelaço da vida, da procura e da resposta
Que sentido faz a mão que encontra?
Que sentido faz a mão que acarinha?
Que sentido faz a mão que afaga?
O sentido que a vida nos dá!
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