Começou a chover
E não sentia que me molhava
Mas, por instinto
Corri para um abrigo
E a fim de me acautelar
(diria o meu pai
A quem devo todo
O juízo)
Ali,
Te fui encontrar.
Esperavas por mim
E eu não sabia
Era a chuva que chovia
Nas tuas mãos,
No teu rosto
Numa chuva, inesperada
Num tórrido mês de Agosto.
Foi a chuva que nos juntou
E sempre que chove
Lembro esse momento infinito
Que me trás saudade.
E, sendo já antigo o instante,
Penso em ti
Como se de repente
Me abrisse os braços e dissesses
Que bom estares aqui.
Chove o teu olhar
Nos teus olhos de mosto.
Chove o meu vaguear
Pelo teu corpo de lampreia
Lebre, puma, alcateia
Que a chuva tambem
Incendeia.
Chove o meu pensamento
Os meus links