As pernas das raparigas
(suaves, belas,)
Com sapatos de fina anta
Fazem-me pensar que o amor
Também, comigo, um dia foi assim.
As pernas que se cruzam
E caminham elegantes
Mostrando-se sedutoras e bailarinas
Num escalar de súbita armadilha
Para os olhos de quem passa
São Iman, são apelo, sucção
Da chama que se acende
E a vida é, como sempre, bela,
Emocionante, imprevisível e fugaz.
As pernas das raparigas!
Sabor boreal das minhas cantigas.
E nessa saia que flagra ao vento
Deixando adivinhar as tuas coxas
Me descubro delirante por te conhecer
Como floresta e jardim de mil amores
Com que me extasio.
Não resisto em partilhar sedução
Fugindo as raparigas como borboletas
No enxame das tardes de Verão.
E o mundo fica às riscas, no baloiço
Das pernas que se mostram
No erotismo da imaginação.
As pernas das raparigas, são esteiros
Minaretes, palafitas,
(luz, calor, almofadas)
Que espreito no sobrado,
Onde gosto de te ver nua
Que o artista esculpiu na infinita beleza
Do encanto natural que me apaixona
Em pagela de recordação.
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