Quem se despe agora!?
Que a depressão chegou.
Botas até ao joelho,
Meias de lã,
Camisola a condizer e impermeavel
Gorro azul, óculos e leggings a destoar
A senhora, a menina, a minha deusa,
Não usa lingerie. Seios libertos
Nada no piríneo que é meu e nosso
E como uma lareira aberta
Efervescente, doce, dormente,
Tudo aquece e faz enlanguescer
Com chuva e vento meão
O frio nos entusmece e a noite fica
Raiada de fogos, de explosões, de cores
E de sabores, quando cansados:
o dia começa .
Estava programado, no íman colado
Ao frigorífico da cozinha
Que a tempestade se avizinhava
Que tudo seria em tufão, arrastado na cama
Terminado no chão.
E que depois de cada insurreição
outras se seguirão.
Todos os dias em que tremendo de frio
Nos façamos borboletas a acasalar
E o Inverno seja tornado inferno.
Como eu gosto, como gostamos
Foder sem parar!
Dona Virtual era uma pessoa culta:
Dizia frases em inglês.
Sabia "mexer" na informatica
E quando "chegava" quando via novelas
Na TV, e
Gritava: oh! My god!
Porque é fino ter orgasmos em inglês.
Dona Virtual consolava-se com amor
Vêndo os actores, as actrizes
E até aquele cãozinho fofinho, porreiro,
Sempre com a língua de fora,
Quem os dera ali
A oferecerem miminhos, a fazerem festinhas
A partilharem o sexo... Em si, consigo
OH! My God! Já estou com os calores
Abram-se as persianas que o meu vizinho
Também gosta de ver... Ameijoa fresquinha
Lambujinha molhada a saber a mar
Venham "percebes" neste mar mergulhar.
OH! My God! Dona virtual está de novo a surfar.
Pranchada no rabo, como lhe batiam, antigamente
Na escola e o padrasto,
É muito galope, muito volteio,
Amansa-se agora
Depois que - oh! My God! - depois que se veio.
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