Pequenas opiniões sobre quase tudo que servirão para quase nada
Segunda-feira, 30 de Novembro de 2020
Repetir, repetir, repetir

Quando gostamos de uma coisa

Repetimos. 

Amor, amor, amor, gosto de ti. 

É comemos chocolates e repetimos

E comemos mais chocolates

E repetimos:

Amor, gosto de ti!

 

Saciamo-nos comendo

Pezinhos de coentrada

Peixinhos da horta

Lampreia de ovos

Sopa de penca, enguias fritas

E filhoses. 

 

E no mantra que é lengalenga

Repetimos: amo-te, adoro-te, quero-te muito

E baloiçamos uma oração descansada

Um pregão ciciado, um repouso de conforto

Segurança, protecção. 

 

Amor, amor, amor. 

E o mundo fica mais belo! 

 



carlos arinto maremoto às 17:54
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O amor negro

O banco tem o comprimento dos assentos corridos das igrejas. 

É largo e permite que todos se apoiem e descanssem

Enquanto de mãos dadas os pares nubentes se olham. 

 

(grupos, adeptos, fanáticos e miserabilistas, políticos da oposição e até empresários da restauração em greve de fome) 

 

O amor que por aqui circula é amor de ocasião, 

Trazido pelo abandono, pelo delírio em ser possuído 

Pelo sangue do diabo, pela crueldade dos famintos

Pelos cornos de Belzebu: o embusteiro!

 

(acabaram-se as feiras e a experimentação seduz, toda a radicalidade tem o fascínio do perverso) 

 

Há amores que incendeiam. Amores que são derrotas.

Amores que não deveriam existir. Amores que estropiam. 

 

E na sela onde sentam os embustes que amam sem amar

Desfaço o nó que uma fumarola , rodeada de chuva aspergida

Me tinha ligado a ti, como uma dança fatal de bruxedo, 

Uma picada de aranha venenosa ou um equívoco 

Adquirido em promoção de negócio alucinado:negro. 

 

 

Sim o divórcio é um desfazer de coisas que nunca deveriam

Ter sido feitas, pensadas ou tentadas, pois estiveram sempre

Condenadas ao fracasso. O amor também é fracasso) 

 

Com o aparecimento dos aspiradores e discos de limpeza

As bruxas construíram o museu das vassouras

Dos ugentos, dos óleos e os fetiches desamarraram o enguiço

Que como balão preso, em aerofagia voou. 

(incluir o zig-zaguear da borracha e o barulho das gaivotas) 

 

E agora já não há amores negros, nem tolos no rebanho. 

São todos "meninos de coro" 

E aumentam os casos de suicídio no Japão! 

E por cá? Perguntas! Por cá não há estatísticas! 

 

 



carlos arinto maremoto às 00:12
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Domingo, 29 de Novembro de 2020
Musgo

Na escada que leva ao meu terraço

Toda em laje, pedra brita e xisto

Crescem musgos que são lapas verdes

Que estão ali, desde o tempo da criação. 

 

Resistem todo o ano.

Assistiram ao meu nascimento,

Foram comigo à guerra, 

Lembram-se que houve casamento,

Batizado e namoradas dos netos

Em idades que são modestas vaidades

De gerações que vão existindo,

Por ali vivendo, aquelas pedras subindo. 

 

O meu avô e o meu neto são o musgo

Que trepa, se aloja, esconde e isola

Nas pedras da escada que levam ao terraço, 

Ao cimo, às oliveiras, às colmeias, às roseiras

E ao amor que sempre mora ali. 

 

Sao paredes, árvores, tetos e soalhos

Adobados a amor, a beijos, a desejos. 

 

Onde o meu pai matava galinhas, coelhos, 

Por vezes porcos com a ajuda do capador

Onde a terra varrida pelo vento se inventa

Debulhando espigas de milho ou eiras de feijão 

Onde o forno alto de coser pão, broas e cabritos

Se ilumina nas noites de engravidação

Que as mulheres invocam e benzem

Acrescentando.

 

Sou o mesmo musgo que meu pai criou

O fofo cabelo de areias e seixos que minha mãe amou. 

Sou a permanência que liga  todas as coisas,

Sejam elas matos, bichos, ervas, animais ou insetos

Todas as coisas a nós.

 

Sim, a casa faz parte de nós e nós da casa. 

Mesmo ambulantes, itinerantes, vadios, 

Nómadas e peregrinos, soldados e velhos cansados

O musgo reserva a minha unidade que regressa

Em cada retorno. E sobe comigo as escadas

Em pedra, em laje em xisto em passos cansados,

Até ao terraço, à eira, ao socalco e aos céus 

Dos sentimentos onde sepulto a minha alma. 

Na terra que comigo caminha. Musgo meu. 

 

 



carlos arinto maremoto às 18:07
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Confundir vontades

Questiono o amor ao clube desportivo

O amor à política, 

O que dizem ser amor aos carenciados, 

Os que amam as tribos, as religiões, 

Os iluminados, os que confundem amor

Com alcoolismo, com drogas duras, 

Com alienação e dependência. 

 

Vêm isto no capitulo do amor

A propósito dos crimes ditos de amor

Da intolerância e da posse

Da prisão de não saber amar, mas subjugar. 

O amor é compreender e ser correspondido

Porque não há amor de direcção unica

Amor hermafrodito ou narcisista. Auto-amor

Ou amor doença, desviante. 

Amor que se quer confundir com imposição. 

 

Seria bom que pensassem os um pouco

Nisto. 

 



carlos arinto maremoto às 13:24
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O apóstata

Se me esqueço nem atribuo importância aos sonhos

Se sou desprendido de amores, de vidas, de entusiasmos

E se ainda sobrevivo na ignorância de onde estou, 

O que faço aqui?

Certamente nada, ou muito pouco, ou até impecilho.

Por isso tomo notas no tal caderninho das memórias 

Para verificar - todos o a dias - se estou vivo

Se persistem as razões dessa constatação e se... 

Fazem o favor de me dizer as horas, porque acordo cedo

E o inverno não me deixa perceber se está a comecar

O dia, ou se já é a noite a baloiçar para mim. 

 

Nós, as anémonas somos assim. Tranquilas. 

Temos sentimentos escorregadios. Pólipos e medusas. 

Nao respiramos, somos enfeites e predadores

Queremos distância dos humanos. Não temos amores

E estamo indiferentes e apóstatas para vocês todos. 

(possuímos as nossas próprias cores, que são bem bonitas)

 

 

 



carlos arinto maremoto às 06:35
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Sábado, 28 de Novembro de 2020
O acaso

Vieste me dizer que foi por acaso.

Acontece!

Na vida o acaso é fundamental. 

Foi um acaso ter-te encontrado

E num acaso te amei

Como de ti sempre gostei.

 

Se te lembrares, no dia do nosso reencontro

Lá onde se unem todos os que por acaso ali andam

Dá-lhe cumprimentos meus e diz-lhe que foi bom

Haver acasos assim. Acasos que ficaram 

(eternamente) parte de mim.

 



carlos arinto maremoto às 06:45
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Sexta-feira, 27 de Novembro de 2020
O tempo desamores

O tempo torna-nos diferentes.

Nem melhores, nem piores, diferentes. 

Outros!

Alguns, 

Continuando os mesmos, porque também dizem

Que nunca nos modificamos, vão ficando

Azedos! Amargos! Indiferentes ou radicais.

Outros tombam para a indigência da abstração. 

Tornam-se Santos, fanáticos do futebol, 

Militantes de seitas com nomes pomposos

E sabáticos.

 

O tempo destrói o amor, ou faz hábito da sua indiferença.

Não cresce com a saudade, cria ilusões e mentiras

Que se disfarçam em carinho, respeito, dependências. 

O amor explode quando se banaliza e mata quando é traído

Confundindo-se com todos os seus contrários :

Ódio! Vingança! Repulsa! Chacina! Alienação!

 

O amor! Ah! O amor é álibi para o que se quer

E na indefinição da sua construção, serve para todas as jogadas

Das causas, às pedradas, da desgarrada ao crime mais hediondo

Melhor seria que o desprezassem, é dele apenas fizessem

- o quê? Talvez croquetes ou pataniscas!

Sempre alimentavam país , filhos, netos, amigos e outros carentes

Que o tempo não está para bravuras. 



carlos arinto maremoto às 21:03
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O cinismo do amor

E assim, incomodado com a minha perplexidade

Fico a pensar que tinha razão quando disse:

- o amor o que é? Um sentimento cheio de nadas!?

E decido não me preocupar com o absurdo da relação 

Entre corpos, atrações, paixão, palavras simpáticas

E gestos oblíquos. 

Eu tinha a certeza que o amor era nada, 

Um mito que justifica tudo e conforta a consciência 

Para maus pensamentos e piores acções. 

O amor é uma doença e como todos os males

Precisa, de ser tratado. Tantos livros, histórias, 

Romances, poesia e mais poesia, e afinal

Tudo serve para fazer crer e construir fé

Mas não resolve o que fazer e o querer bem. 

Já sabia que amor e amarração são sinónimos 

Agora tenho a confirmação, a certeza, o desvario 

De julgar pelas tuas mãos, de olhar pelos teus olhos

De beijar pela tua boca e de sentir pelo teu corpo

tudo o que a natureza produz em seus mistérios:

Luz, cores, explosão, sons e espaço, muito espaço

Para se viver o turbilhão pleno e sereno da vida.

 

Vês! Não se pode resistir ao amor!

Criar e destruir, são actos do mesmo impulso.

 



carlos arinto maremoto às 11:15
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Quinta-feira, 26 de Novembro de 2020
A impossibilidade

Queria escrever sobre as tuas mãos

De dedos longos e finos, 

Sobre a tua boca, o queixo, o rosto

Numa tentativa de te descrever

Mas não consigo. 

 

Queria falar dos teus olhos

Descer pela curvatura da face

E poisar no teu pescoço 

Como se estivesse a aprender a esculpir

A perfeição. 

 

Queria olhar os teus cabelos

E sentir o perfume de todas as flores

Que são de cheiro e de mar. 

 

E na fragilidade da tua presença de bambu

Sinto-me diferente. Talvez  melhor

Ou quem sabe perdido no sabor da indecisão 

De perceber quem sou e quem és!

 

Mas, o melhor será nada querer

Imaginar-te e viver como se o impossivel

Fosse... Impossível!

 

Estamos fartos de histórias de amor

Que acabam mal. 

De heróis que se matam. De felicidades

E de impossíveis realizados. Não!

A nossa vitória é outra, é ser divinamente

Feliz e ter a força do universo

No segredo que ocultamos, entre mim e ti, 

E nos beijos que todas as noites damos

Sabendo que nos amamos, como se isso fosse

Uma coisa normal, natural imprescindivel

E sem a qual seria impossível existir

(quanto mais viver)

 

Era sobre isto que te queria dizer, falar, confessar. 

Estando calado no silêncio das palavras!

 



carlos arinto maremoto às 20:53
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Sexta-feira, 20 de Novembro de 2020
Encantado

Encantado

Com as tuas plumas de pintainho

Acabado de nascer, 

Fiz-te um carinho

Era ainda manhã e o escuro desaparecia

Quando abriste os olhos e me sorriste.

Encantado, 

Como ave hipnotizado pelo olhar do gato

Não me mexi, e assim fiquei

A olhar para ti.

 

Depois o dia cresceu

E o nosso amor viveu

Encantado

Como leite derramado em chocolate. 



carlos arinto maremoto às 21:08
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Quinta-feira, 19 de Novembro de 2020
trintanario

 

 

 

Sinto o cheiro das ondas. (sim, cheiram a altas montanhas,

A barcos afundados, a terríveis dores) e solto o berro da gaivota

- Breee!!! Breee!!! Bree!!! Bree!!! Bree!!! Bree!!! Bree!!!

O vento afia as garras na espumas dos novelos de água

As nuvens vêm ver o que é e ficam baloiçando entre uma valsa

(frágil, ligeira, uma quase ampola de fragância e divergência)

E as pedras. São conchas, areias e medo. São aranhas do mar.

 

 

 



carlos arinto maremoto às 21:56
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Resgate

O teu silêncio perturba-me

Entristece-me. Deixa-me morto.

 

E então, esqueço o que sou e sonho pregões antigos 

E outras cautelas para te buscar

 

Nem sempre o amor salva vidas

Mas posso tentar. 



carlos arinto maremoto às 09:46
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Quarta-feira, 18 de Novembro de 2020
Voando numa pernada de mar

De novo por aqui!?

A comer castanhas, rebuçados e vinho rosê, 

Mas, é mesmo você?

Não o esperava tão cedo, ainda agora chovia

Tenho ideia que o vi, no outro dia, 

Mas posso estar enganado, sou civil não soldado

E nesses tempos de arrependimento 

Quero-te toda, não um bocado.

 

Sim, esmoreço aqui.

Ensarilhamos as pernas em cruzeta

De armas aperradas ao peito

Ficamos na maresia, entre algas, sargaços

Caranguejos, amêijoas, canivetes

E eu gosto de te lamber a comer sorvetes.

 

É tudo uma tramóia despida,

Um bikini de sedução

Voaremos juntos, empresta-me as asas

Agarra na minha mão.

 

 



carlos arinto maremoto às 16:52
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Terça-feira, 17 de Novembro de 2020
Receita semi erótica

Tenhamos em atenção o bolo de chocolate

Ou o de bolacha, 

Ambos calóricos, saborosos, doces... 

Um doce tem de ser doce.

E a musse do dito chocolate?

E a baba de camelo?

Derreto-me antes de engordar,

Lambo - te antes que o doce seque

Cristalize e se torne uma parte de ti.

Também se faz doce de batata doce

De alfarroba ou de pétalas de rosa

Com açúcar, muito açúcar e leite

Mexe-se com a cana do mesmo (açúcar)

E se estiver espesso, como calda de morango

Passe-se um dedo pelo ovo batido

E mergulhe-se na vagina da provação. 

 

Tome-se todo com o devido respeito

Amor e adoração. 



carlos arinto maremoto às 14:37
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Segunda-feira, 16 de Novembro de 2020
Silêncios de vida

Há um silêncio de vida, de arrependimento

Um silêncio de túmulo que uns idiotas rompem 

Colocando motores de carros a trabalhar

Por se julgarem úteis, pavões e negacionistas.

Há um silêncio que nos classifica 

Um bruá inútil que se extingiu

Uma réstea de verdade que como onda

Limpa todo o lixo excruciando o mal. 

 

Homens e mulheres mudos andam em circulos

Viaturas automóveis outra vez em estertor

E manifestações - algures-- de revoltados predadores

Um nojo, senhores, uma leviandade, uma corja. 

Esta seria a hora ideal para disparar e matar. 

 

O silêncio não deixa. 

O silêncio abandonou os homens e as mulheres 

Dentro de si próprios, no bandulho de si mesmos

E estes, rebentaram como bolhas. 

 

Sim, ficou o planeta cheio de merda

Por força da ventoinha que disseminou

A defecação dos civilizados anormais inquietos.

Há merda por todo o lado

Só se lamentam os doidos que se perderam

Os loucos que fugiram, os berros dos que morreram

Com as tripas à mostra.

Porque quebraram o silencio

Não existe absolvição para o entulho

No desmoronar dos altivos

Nem perdão para as bestas que se alevantam contra

 

 

O tempo morrerá, perene. O silêncio fica. 

 

 

 

 



carlos arinto maremoto às 02:58
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Domingo, 15 de Novembro de 2020
Desvanecimento abrupto

Estranhamente, deixei de ouvir a tua voz. 

Foi de repente, como se a trovoada me tivesse ferido

Os ouvidos, o tato, o olhar e até o cheiro que tinha de ti. 

Deixei de escutar - que não é o mesmo que ouvir -

Deixei de perceber e de gostar

O que me desgosta é a raiva de não te amar

Porque tudo se estilhaçou nas nossas vidas

E agora é impossível.... Impossível... Impossível!

Sermos nós!

Mas, somos assintomáticos e representamos,

Somos mágicos e entre fumarolas, cheiros a enxofre

Nevoeiros e um Imperceptível  som de borbulhar 

Ignoramos que o mundo nos tragou

E que a música continua a tocar, como se tudo houvesse.

Con-ti-nu-ado a parar! 

 

E parou, não parou?

(Sim, é nesta estação que eu desço, obrigado! Continuem a acreditar)

 

 



carlos arinto maremoto às 07:48
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Sábado, 14 de Novembro de 2020
Divergimos

Não sei porque gosto de ti

Em tudo divergimos.

Somos o oposto de nós mesmos

E não temos nada que nos una

À excepção, talvez! Ora, por favor,

Nunca o amor uniu duas pessoas.

São fantasias e recados que transportamos

Colhendo polens para alimentos da colmeia

Que nos dispensa e nos despeja

Logo que amansados os instintos.

São desculpas, justificações e absolvição

Para a nossa inconstãncia, ansiedade e derrota

Sim, não é possivel vencer o elefante da vida 

E mergulhar na versão da fonte que rejuvesnece

Como chegámos a acreditar na adolescência.

Divergimos em tudo

E em tudo nos separamos.

 

Porque continuamos a gostar?

Não faz sentido! A vida não faz sentido.

 

Por isso divergimos e nos amamos.



carlos arinto maremoto às 18:20
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Sexta-feira, 13 de Novembro de 2020
O universo somos nós.

Uma libelinha, um louva-a-Deus,

Uma figura fininha transformada (por mimétrica magia)

em camaleão, em águia, em leão...

Com dois paus, uma antena e um corpo de cobra

Que se esgueira por entre as pedras do rio

Assim te vejo. 

Frágil, sempre desperta em vigilância, vivaz

Refletindo as cores que o universo empresta

Para cegar os inimigos

Esgueiras-te por entre os canaviais e escondes-te

Do tumulto que enlouquece os sonhos da vida. 

Assim te encontro. 

Desamparada numa haste de sequeiro que sobrou

Ferida!

 

Todos nós vencemos sozinhos... (os que vencem, 

Muitos são destruídos, esmagados e devolvidos ao chão) 

Há sempre morcegos, corvos, grifos e predadores que espreitam

Monstros que erguem do passado, túmulos violados, 

Quando muito, podemos pensar que não estamos sós. 

Mas, estamos! O universo somos nós! Apenas um!

 

Os alternativos, na demência da reprodução, extinguiram-se.

Nunca mais se ouviu falar de outro assim. 



carlos arinto maremoto às 07:21
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Quinta-feira, 12 de Novembro de 2020
o milagre da fotografia

Gosto mais de ti

Com a pele macia e os lábios quentes

Quando estou contigo

Do que nas fotografias.

Fode-me, amor!

Dizes!

E eu deixo que a vontade seja nossa

E a arte silenciosa do afago

Se transforme em tumulto, em trovão

E as estrelas prateadas do teu cabelo

Cobrem-me com beijos e arrepios

E rodopiamos.

 

Assobio-te um beijo na fotografia 

E tudo desaparece!



carlos arinto maremoto às 14:13
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Chulipa que me suporta

Não tenho culpa

Voo pelas chulipas da vida

Em rasantes planares

Como o sol, gosto de te amar

De-va-gar! 



carlos arinto maremoto às 10:02
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