Há um silêncio de vida, de arrependimento
Um silêncio de túmulo que uns idiotas rompem
Colocando motores de carros a trabalhar
Por se julgarem úteis, pavões e negacionistas.
Há um silêncio que nos classifica
Um bruá inútil que se extingiu
Uma réstea de verdade que como onda
Limpa todo o lixo excruciando o mal.
Homens e mulheres mudos andam em circulos
Viaturas automóveis outra vez em estertor
E manifestações - algures-- de revoltados predadores
Um nojo, senhores, uma leviandade, uma corja.
Esta seria a hora ideal para disparar e matar.
O silêncio não deixa.
O silêncio abandonou os homens e as mulheres
Dentro de si próprios, no bandulho de si mesmos
E estes, rebentaram como bolhas.
Sim, ficou o planeta cheio de merda
Por força da ventoinha que disseminou
A defecação dos civilizados anormais inquietos.
Há merda por todo o lado
Só se lamentam os doidos que se perderam
Os loucos que fugiram, os berros dos que morreram
Com as tripas à mostra.
Porque quebraram o silencio
Não existe absolvição para o entulho
No desmoronar dos altivos
Nem perdão para as bestas que se alevantam contra
O tempo morrerá, perene. O silêncio fica.
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