Não tem nada de novo, para dar.
É sempre o eterno amor
A cavalgar, a batalhar,
Por vezes, a atrapalhar.
Passemos às acções seguintes
Ao tiroteio, à violência caseira,
À falta de dinheiro.
O amor que se transfega
Será sempre amor
Até porque o ideal é vender
Comprar e consumir
Como se não houvesse depois
E agora, o mundo fosse acabar
Outra vez!
Os olhos sobressaem
Por cima da máscara.
E uma nova era de pinturas,
Riscos, desenhos, sombras
E sugestões alastram
Sobrancelhas, pestanas,
Ponte entre o nariz.
A cor reflete-se como águas
Que se revoltam, seduzem
E chamam por mares
Correndo desenfreadas por entre fragas
Estreitos sucalcos ou vertiginosos
Caudais de chuva no inverno.
Os olhos dardejam e explodem
Como lume, em labaredas de incontida
Permissividade que transborda
Da nesga que os aprisionam.
Os olhos.os olhos. Os olhos.
Eu sei que são diospiros de mel
Os teus olhos de inverno.
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