Pequenas opiniões sobre quase tudo que servirão para quase nada
Quinta-feira, 25 de Fevereiro de 2021
Mural

Com palavras e imagens se constroi

A vida e o futuro. O céu é feito de arte

E o belo a essência da vida. 



carlos arinto maremoto às 03:09
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Quarta-feira, 24 de Fevereiro de 2021
o eterno esquecimento

Havia uma neblina na nossa paisagem,

Uma luz filtrada, uma morgana visão

Uma distorcida imagem do que somos 

E quem somos. Afinal quem somos?

 

E a serra aqui tão perto e desconhecida

E modificada

E os nossos ancestrais ignorados

E a vida escorraçada

E o queixume das almas penadas

Em danças de exaltação à volta de uma harmónia

De uma fogueira e de uma arguardente.

 

Glória a quem preserva.

Dos faraós, aos nossos avós.

No Açor, como na Beira e da estrela serra

Agora e na hora de sempre.

Que a morte não nos apanhe distraidos

Na armadilha da demência.

 

Adulterar é ainda pior do que ignorar.

Sejamos verdadeiros

E quem não sabe, que se cale.

Esquecer, nunca!



carlos arinto maremoto às 07:50
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Domingo, 21 de Fevereiro de 2021
A véspera

Depois do frio, da neve, da geada

Depois dos agasalhos e dos dias nocturnos

Comecemos como se tudo estivesse a despontar, 

A começar a irromper.

Porque tudo está prestes a renascer

Porque hoje é Primavera, porque hoje é véspera 

 

Hoje é o amanhã que se reconstrói 

E o todo depois que virá em luz

Em nitidez em harmonia e em verdade,

Depois da véspera: o dia.

 

Parabéns! O meu filho nasceu

No dia em que a liberdade se levantou,

Ergueu as asas e voou.

Tudo ficou para sempre diferente, melhor, 

Foi de véspera que se preparou.

 

É a minha vez de recuar e deixar o mundo viver.

 

Hoje é véspera e despedida. Amanhã alvorada 

Depois a estrada e mais longe, lá onde a vida fervilha

A tua luz e as memórias de sermos o mesmo, 

(O universo onde tudo passa tão depressa,)

Que tu és, e eu já não sou.

Ambos desejando o que fomos, o que somos. 

 

E tudo se enxameia e desaparece. 

Recorda-me apenas com amor. 

 

 



carlos arinto maremoto às 13:05
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Um livro, uma história, uma romance, uma aventura

Carlos Arinto2.JPG

 



carlos arinto maremoto às 12:21
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Segunda-feira, 15 de Fevereiro de 2021
       NAS ASAS DO MEU AMOR, VOAM OS ANJOS

               

tablet 183.jpg

 

                A ideia é angraçada. Poema da latinidade, mas eu não tenho nada!

                Nem meu corpo já resiste, onde insistes em me encontrar, porque não estou aqui

                Nem ao vento, nem ao luar. Morri!

 

               Sou talvez um extra. Que se oferece como brinde, promoção e resto de stock

               Para o cliente, sou um destralhar. Vês, como me ignoro, anda daí vem almoçar!

 

              Seduzido, enganado, o meu amor dá-me a mão e segurando um copo de vinho

              Festejamos o inverno, a primavera e o verão, e juntos connosco, outros virão.

 

 

            Carlos Arinto



carlos arinto maremoto às 22:08
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Sexta-feira, 12 de Fevereiro de 2021
Morremos

É nas coisas bonitas, como o mar,

Que morremos

É nas coisas que amamos, como tu

Princesa, que morremos!

E nas coisas deslumbrantes que existam

Como o sol, que morremos. 

É na sombra de um luar, riscado de nuvens

Que morremos. 

É nos amigos que nos abandonam

Que morremos.

É na ausência do teu corpo e do teu sorriso

Que morremos. 

 

E todo o mundo fica diferente, 

Sendo igual. 



carlos arinto maremoto às 16:59
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Quinta-feira, 11 de Fevereiro de 2021
Bipolaridade e sonhos devassos

Incendeiam-se as tardes, que ainda são de inverno

E um nevoeiro cresce na silhueta das luzes frouxas dos candeeiros 

Enquanto uma chuva, miudinha, espalha borra e cinza

Sobre as cabeças dos poucos que arriscam andar na rua. 

 

Um éspelho de águas geladas mostra o rosto granitico

Que esculpido nos caboucos das fragas já lá estava

Ainda a ribeira e os poços não eram nascidos.

 

Sim, tu és muito anterior ao dilúvio à glaciação à natividade.

E agora que é verão, e que as águas voltaram a descer

O cabelo amadurece e as trelicias dos teus olhos azuis

São muxarabiês como velas de barcos a nevegar no Tejo da latinidade.

 

Amo-te, porque te vi nascer e na beleza do cristal te beijo.

A noite cobre o sagrado manto da nossa liberdade 

E voando sobre os telhados de Lisboa adormecemos

 

Porque o nosso destino é estar no infinito. 



carlos arinto maremoto às 18:20
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Segunda-feira, 8 de Fevereiro de 2021
Ser como um rio

Antes de serem rios

As águas já eram rostos...

O teu rosto!

 

Antes do teu rosto havia nuvens

E toda a terra estava em silêncio.

Depois as nuvens deixaram-se plainar

E formaram os rios, os lagos e os mares

 

Em cada espelho lá estava o teu rosto

Em todos os caudais a tua presença

E a natureza viu que era bom!

 

Um rio que sorri e se engrandece

Um rio que não pára quieto

Um rio que se transforma, transformando

Um rio que desagua em beleza e em sentimento

Um rio que é a tua cara

E se revela no infinito do antes

Para se tornar no infinito do depois.

 



carlos arinto maremoto às 17:21
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MAREMOTO
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