Confesso que, por vezes, tenho o preconceito de comprar livros de autores portugueses. Mas tento combater esse preconceito "esforçando-me" por - entre um autor estrangeiro, e um português - de vez em quando optar por comprar um autor naional.
Muitas veze não me arrependo, sendo uma verdadeira surpresa e fascinio a leitura ( caso de José Rodrigues dos Santos, Francisco Moita Flores, Miguel Sousa Tavares....) outras porém arrependo-me e fico com esse preconceito ainda mais agarrado.
Vem isto a propósito do livro de Lidia Jorge "Combateremos a Sombra."
Apenas o comecei a ler, mas estou praticamente a desistir.
As razões são multiplas:
1- O tema é chato ( as peripécias de um psicanalista )
2- A forma como está escrito.
Vou na página 158 e ainda não percebi nada do que se está a passar. Se é que alguma coisa se passa? O psicanalista dá consultas, umas pagas outras gratuitas. O psicanalista é corrido de casa, pela mulher, porque chegou atrasado a uma reunião social. O psicanalista encontra uma muida nas escadas do seu conultório sempre que sai ou entra. O psicanalista escuta as fantasias dos seus pacientes, cada uma mai disparatada do que a outra ( mas deve ser para isso que servem os psicanalistas, não é?)
A escrita é feita om "palavras dificeis" e outras incompreensiveis. Dou um exemplo, a autora refere multiplas vezes, ao tentar descrever uma casa - tentar, porque não a descreve, apenas fala dela, não criando imagem nenhuma que possa construir no leitor uma ideia da casa - a palavra loft.
Atravessou o loft, estava no loft, a casa tinha um loft pequeno.
Que raio será isso do loft?
Já perguntei aos meus amigos se a casa deles tem um loft - a minha não tem de certeza - mas todos ignoram a que é que eu me quero referir. E u também não sei.
Um loft?
As casas em Portugal têm um loft?
Nunca ouvi, não faz parte dos nossos hábitos e costumes, nem é uma coisa que se diga em linguagem de gente normal. Um loft?
É um livro chato, de leitura impossivel e sem história, enredo ou entusiasmo. Tem 482 páginas é editado pela D. Quixote e deve servir para espantar os candidatos a leitores da literatura portuguesa. Até pode ficar bem numa conversa: - andoa ler a Lidia Jorge! Mas é intragável.
Alguém me explica o que é um loft? Para que serve? Onde está? quem utiliza esta expressão?
Lidia Jorge, nunca mais.
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