A inauguração do espaço dedicado à colecção Berardo, mo CCB, teve ontem casa cheia. As pessoas vestiram-se a rigor para ver as obras, mesmo que os continuem a insultar chamando-lhes *povo*. Muitos jovens, em t-shirt, muitos entusiastas das artes e da cultura, embora os continuem a insultar, chamando-lhes *povo*.
Em frente, um grupo de personalidades e membros do Governo, em trajes mais selectos - com direito a passadeira vermelha e a corte de transito, em todo o largo fronteiriço ao Mosteiro dos Gerónimos - jantava após a inauguração da exposição. Embora tenha sido insultado pelo chamamento de *elite temporária*.
A noite estava agradável.
O fogo de artificio foi agradável, mas a animação por dj competente não se notou.
A colecção, bem distribuida e orgulhosa, deixou-se ver, expondo as suas potencialidades de fazer de Lisboa uma porta aberta para a cultura contemporãnea.
Os catálogos (folhetos) da exposição são pobrezinhos. A forma de identificar as obras, no circuito da exposiçaõ é discutivel. As obras são monumentais e muito belas, com um cruzamento entre grandes artistas internacionais, e grandes artistas portugueses internacionais. Está ali um pouco - talvez o mais significativo - da expressão plástica e dos movimentos culturais - do Portugal do século XX.
A não perder, seguramente.
Dinheiros à parte. Uma colecção e uma actuação meritória do comendador Joe Berardo.
Os meus links