Estamos de novo, nesta coisa chamada de Natal.
Sendo o meu fastio pelas comemorações uma pecha na forma de "ver o mundo" percebi porque é que reajo com tédio a algumas épocas do ano: a vulgaridade!
Sim, o Natal, tal como a Páscoa, o Carnaval ou aqueles dias Santos em que se comemora a Pátria ou a religião... são de uma vulgaridade cansativa, porque repetitivos, porque anunciados com muita antecedência, porque comercializados com muita insistência, porque tornados óbvios e banais.
Lembro-me de que o Natal já foi recolhimento, abrigo do frio, convivio, troca de histórias e de lembranças, ruas iluminadas, comidas que apenas se saboreavam nesta época. Também viagens, permanencia em locais desconhecidos, experiencias de novos sabores e cheiros.
E hoje continua a ser tudo isso, dir-me-ão. pois sim, mas fico com a sensação de que é apenas a reposição, retocada e actualizada de um negócio sem alma, de uma esperança sem fé e de uma saudade que se cansou.
Um calendário.
Pode ser da velhice. Pode. Pode ser do desgosto. Pode. Mas entre o vazio e coisa nenhuma, não encontro lugar para festejar.
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