(A vida é um amor fugaz
Que se transforma em vento)
Existe um vento que abana as àrvores
- Ah! Se fossem apenas as àrvores.
Mas são as nossas almas , por dentro
Que se deixam abanar e se vergam
Com a força do vento, da vida e de tudo
- e de todos os mistérios -
Que nos tornam frágeis e inseguros.
Sim, resistimos e vamos curvados
Sendo açoitados pelo vento, na cara
No cabelo (em desfolhada) no corpo
Nos ombros (que oferecemos em luta)
Nas mãos crispadas que protegem
Os olhos que alimentam a direcção
Para onde queremos fugir.
O vento segue galopando
Fazendo o seu destino de ciclone
Tufão, ou apenas ventania
Desinquieta e assassina.
O vento só amaina quando nos vir
Curvados, submissos, derrotados.
Nada, derrota o vento!
Por isso, deixei-me ir com o vento
E em vento me transformei
Para ser igual ao vento. Só a ti amei!
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