Quem se despe agora!?
Que a depressão chegou.
Botas até ao joelho,
Meias de lã,
Camisola a condizer e impermeavel
Gorro azul, óculos e leggings a destoar
A senhora, a menina, a minha deusa,
Não usa lingerie. Seios libertos
Nada no piríneo que é meu e nosso
E como uma lareira aberta
Efervescente, doce, dormente,
Tudo aquece e faz enlanguescer
Com chuva e vento meão
O frio nos entusmece e a noite fica
Raiada de fogos, de explosões, de cores
E de sabores, quando cansados:
o dia começa .
Estava programado, no íman colado
Ao frigorífico da cozinha
Que a tempestade se avizinhava
Que tudo seria em tufão, arrastado na cama
Terminado no chão.
E que depois de cada insurreição
outras se seguirão.
Todos os dias em que tremendo de frio
Nos façamos borboletas a acasalar
E o Inverno seja tornado inferno.
Como eu gosto, como gostamos
Foder sem parar!
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