Não procuro nada e tudo chega até mim.
(naquela forma leve
que o mar ter de se aproximar
Das pessoas, nos dias de verão
Suave, devagar lambendo-nos os dedos dos pés,
Agitando a cauda,
Como um cachorro de companhia
Ou os esboaçantes cabelos de um amor ausente)
Sigo um caminho que se basta, sem busca
Sem ambição, procurando ser apenas poeira
No turbilhão da tempestade, no vento que mistura
Sal, sentimentos, luzes, mentiras e verdades.
Desisti de procurar, porque o que queria não existe
desisti.
O que queria não era possivel em palavras.
Todos temos no passado os segredos do infinito.
Nos sonhos, a inconsciência do que somos.
Eu não sou todos, ou outro ou alguém
Mais além. Apenas
A ambição de ficar
Não existe,
porque nada fica.
(tudo vai com a vaza mar
Em retorno. Em reversão.
Sem audácia. Apenas
Porque é um costume antigo
Deixar-se engolir pelo mar)
Não procuro nada.
Os meus links