Rabanadas de santos
Clarões no céu.
Uma azinheira e um castanheiro
Ambos perdidos, sós, solitários.
Uma barba mal tosquiada
A ilusão dos tempos antigos
A violação dos inocentes...
E este cheiro a estrume que se vacina
E onde nos afogamos esbracejando.
Sardinhas!
É o tempo delas. Tal como é o tempo
Das pandemias.
É o tempo de matar, nem que sejam
"apenas"
Saudades!
O tempo esmaga-nos com as suas pinças
A tenaz que se faz garra
E o carvalho que existia na berma daquela estrada
Secou.
Aqui se entorna o mar e se derrama a vida.
Aqui se fermenta e cresce toda a eternidade.
Não sou mais o verão que existia outrora
Nem a floresta de viços que o inverno sempre promete
Sou a luz que se extingue. A sombra que faz capa
Aos vindouros que estão em gestação.
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