Havia uma neblina na nossa paisagem,
Uma luz filtrada, uma morgana visão
Uma distorcida imagem do que somos
E quem somos. Afinal quem somos?
E a serra aqui tão perto e desconhecida
E modificada
E os nossos ancestrais ignorados
E a vida escorraçada
E o queixume das almas penadas
Em danças de exaltação à volta de uma harmónia
De uma fogueira e de uma arguardente.
Glória a quem preserva.
Dos faraós, aos nossos avós.
No Açor, como na Beira e da estrela serra
Agora e na hora de sempre.
Que a morte não nos apanhe distraidos
Na armadilha da demência.
Adulterar é ainda pior do que ignorar.
Sejamos verdadeiros
E quem não sabe, que se cale.
Esquecer, nunca!
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