Que trajes são esses que vestes?
Menores, porquê?
Trajes com que te despes e chegas,
Em esplendor até mim.
Vejo-te, no crepusculo de uma luz adormecida
Sublinhada por uma sombra subtil de baton
Uma linha escura de horizonte a anunciar chuva
Uma floresta de cabelos em copa
abelhas ou andorinhas
que se desfolheiam, zurzem volteiam e apelam
Em armadilha de sereia, chamando...
Os enfeites nos teus mamilos são rosas
umbigo que se mostra garboso
triângulo de luz que oculta sabedoria
Quando convocado pelo teu aroma
Te sugo e te penetro.
Trajes que te vestem, cobrindo os pés em cetim
Os tornozelos em algemas de prata
E nas coxas da tua cintura um ancoradouro
Que me amarra e suporta na escalada de chegar.
Preso pelo teu arnês, pelo teu respirar.
Quero-te menores na gargantilha, nos ombros,
Nos dedos das mãos e nas luvas de espuma.
Baloiça e exibe o teu corpo em trajes
Sem pudor, sem vergonha. Sem medo
Para ser mulher, mãe, mito, ficção ou rainha
Dona de mim, na sedução que me alimenta
No júbilo de te ter, e de te possuir.
Eu me ofereço. Tu te dás!
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